| | | | | | | | |   

Porém é o primeiro a repetir a victória

9 September , 2017

Primeiros a vencer pela segunda vez este ano, Ricardo Porém e Hugo Magalhães voaram em Idanha-a-Nova, na quarta prova da época

Em Idanha-a-Nova as garrafas de champanhe reservadas aos vencedores da quarta prova do Campeonato Nacional de Todo Terreno ainda continuam guardadas no fresco, para que saibam ainda melhor quando forem abertas, neste final de tarde. As garrafas estão reservadas para Ricardo Porém e Hugo Magalhães, que levaram a Ford Ranger da equipa South Racing a vencer com mais de dez minutos de avanço, tornando-se nos primeiros a repetir um triunfo nesta temporada!

Vencedor do prólogo, na tarde de sexta-feira, e também o mais rápido no segundo sector selectivo desta jornada, Ricardo Porém soma só em Idanha-a-Nova mais 27 pontos que lhe permitem reforçar sobremaneira o comando do campeonato. O piloto de Leiria conta agora com um total de 78 pontos e embora ainda não possa celebrar senão a vitória na prova organizada pela Escuderia Castelo Branco, a verdade é que dificilmente o título lhe escapará…

De uma vantagem de apenas 11 pontos no campeonato, Ricardo Porém passou a dispor de mais do dobro, pois leva 24 pontos de vantagem sobre o seu mais directo adversário. E se à partida Porém tinha dois fortes opositores na discussão pelo título, a verdade é que esta prova beirã foi ingrata para ambos: primeiro foram Alejandro Martins e José Marques que ficaram pelo caminho, depois do motor da Toyota Hilux Overdrive ter-se “calado” logo ao início do sector matinal, numa altura em que eram os terceiro classificados, e apesar de terem conseguido concluir a etapa, já não arrancaram para o sector derradeiro, por excesso de penalização. Este abandono tornou nulo o resultado do piloto que estava mais próximo do comandante do campeonato.

E enquanto Alejandro Martins e José Marques ficavam pelo caminho, a prova era liderada por outra Toyota, a Hilux de João Ramos e Victor Jesus, que se adiantaram a Ricardo Porém durante a manhã. Ramos entrou ao ataque e depois de superar Porém ainda veio a ganhar um bónus extra, quando o piloto da Ford Ranger sofreu um furo, que o atrasou um pouco mais.

Todavia, já no final da manhã João Ramos começou a sentir que algo não estava bem com a caixa de velocidades, “pois as mudanças por vezes não entravam”, conforme o piloto explicou à Todo Terreno. “Arranquei para o segundo sector preocupado, mas sabia que tinha de continuar a atacar e foi o que fui fazendo, mas os problemas foram-se acentuando e ao fim de cerca de 50 quilómetros já tinha perdido quase metade da minha vantagem e estava convencido que seria uma questão de tempo até que fosse ultrapassado”, confessou-nos ainda João Ramos. O vencedor da prova inaugural do campeonato adiantou-nos ainda que “depois de perceber que já não estava em condições de vencer a prova, ainda me empenhei em prosseguir, pois garantir o segundo lugar seria suficiente para nos manter em luta pelo título”, mas a transmissão não resistiu ao esforço e o abandono tornou-se inevitável quando somente estava cumprido metade do troço cronometrado final.

“Não chegar ao fim foi muito duro”, desabafou João Ramos. “Custa imenso ver que ficamos outra vez fora da discussão pelo campeonato, mas por muito ingrato que seja, as corridas são assim mesmo…”

No segundo sector selectivo, Paulo Rui Ferreira e Jorge Monteiro ascenderam ao segundo posto, mas a Toyota Hilux não conseguiu acompanhar de perto a Ford de Ricardo Porém e Hugo Magalhães…

Com a desistência da Toyota de João Ramos e Victor Jesus, esboçou-se um duelo pelo segundo lugar, que implicou um verdadeiro sprint final entre Paulo Rui Ferreira/Jorge Monteiro e Alexandre e Rui Franco. Esta dupla acabaria por ver o seu BMW X1 Proto ultrapassado pela Toyota Hilux da dupla de Leiria, que lhes ganhou este braço de ferro por uma diferença de somente 24 segundos.

O mais curioso é que os irmãos Franco foram terceiros pela terceira consecutiva e graças ao resultado agora registado na corrida da Escuderia Castelo Branco lograram ascender ao segundo lugar do campeonato, somando precisamente os 20 pontos que são atribuídos ao segundo posto da prova. Tudo porque Paulo Rui Ferreira não pontua para o campeonato e, por isso mesmo, também não “rouba” pontos aos concorrentes do “Nacional”.

No grupo T2 manteve-se o domínio da Isuzu D-Max de Rui Sousa e Carlos Silva, que venceram pela quarta vez…em quatro provas

Entre os três homens que completaram o pódio e o vencedor do grupo T2 posicionaram-se ainda mais três equipas: os espanhois Luis Recuenco e Manuel Navarro, quartos mais rápidos, com uma Toyota Hilux Overdrive, seguidos pelo Range Rover Evoque Proto de Lino Carapeta e Rui António, bem como pela Nissan de Luís Dias e Mário Feio. Estes últimos são uma “velha dupla”, mas embora veteranos, demonstraram que se mantêm muito competitivos; com o mérito adicional de terem assegurado o sexto posto final na estreia do Nissan construído pelo próprio piloto.

Luís Dias e Mário Feio conseguiram ainda o sexto lugar ao vencerem em duelo Rui Sousa e Carlos Silva, seus antigos companheiros na equipa oficial da Nissan portuguesa, já lá vão…muitos anos!

Seja como for, Rui Sousa e Carlos Silva tiveram os maiores motivos para celebrar, não pela “derrota” neste duelo, mas porque levaram a Isuzu D-Max preparada pela sua própria equipa, a Prolama, a vencer pela quarta vez, em quatro provas, o grupo T2. E neste caso, pode-se dizer que são os primeiros campeões do ano!

 

Revista Todo Terreno


por:

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

*

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Redes Sociais

Parceiros




Grupo PressXL

 
 
 

WebLinks