Parte hoje para a estrada a prova açoriana pontuável para o Campeonato da Europa de Ralis e que também atribui pontos para os campeonatos nacional e regional da especialidade. Um rali onde os principais favoritos são o polaco Kajetan Kajetanowicz, campeão europeu e líder do ERC 2016, e o campeão dos Açores e tricampeão nacional Ricardo Moura. Mas há mais, muito mais.
Depois do Vodafone Rally de Portugal, o Azores Airlines Rallye é a segunda prova mais importante que se disputa em solo nacional. Um rali que já se chamou Volta à Ilha de São Miguel e, mais recentemente, Sata Rallye Açores. Depois de 50 anos a conquistar os corações dos aficionados pelo desporto automóvel, a prova organizada pelo Grupo Desportivo Comercial atinge a maturidade ao entrar na 51ª edição. Troços repletos de encanto a exigirem condução esmerada e muito técnica, fazem as delícias de todos os concorrentes que fazem questão em estar presentes na ilha de São Miguel. As especiais de Sete Cidades, Graminhais ou Tronqueira, são por si só um desafio à competitividade e também um fabuloso cartão-de-visita dos Açores.
Para esta edição, o especialista e campeão local Ricardo Moura está liberto de pressões, uma vez que não está a disputar o Campeonato Nacional de Ralis na sua totalidade. Para ele, este é o rali da sua vida. Já teve dois pódios, mas falta-lhe uma vitória à geral. Este poderá ser o ano para o sucesso completo. Esse seria um prémio merecido para o tricampeão nacional de ralis (2011 a 2013), que encara esta prova com forte carga emocional. Mas para que isso aconteça, terá de enfrentar dois ou três concorrentes estrangeiros de peso. Kajetan Kejetanowicz é na nossa opinião o principal entrave ao sucesso que Moura procura, mas para além dele, há que contar ainda com nomes como o russo Alexey Lukyanuk ou o lituano Ralfs Sormacis. Só com o desenrolar da prova, medindo o ritmo dos candidatos, troço a troço, se poderá chegar a uma conclusão.
Em termos nacionais, e com Ricardo Moura a não entrar nos calculismo dos candidatos ao título de 2016, claro está que o campeão nacional em título, José Pedro Fontes é um dos protagonistas. Mas nesta luta nacional, uma referência muito forte para João Barros, que deverá disputar com Fontes o rali ao segundo. Logo a seguir, Pedro Meireles e Fernando Peres, posicionam-se com fortes credenciais nesta disputa nacional. Uma referência para Luís Miguel Rego, que estreia um Ford Fiesta R5, um piloto com futuro risonho, não só em termos nacionais, mas também com excelentes horizontes no plano nacional. Uma prova carregada de emoções, que arranca esta tarde com a disputa dos troços de Batalha, Soluções M, Vila Franca/São Brás e Grupo Marques. O rali só termina no sábado, depois de 16 emocionantes troços ao cronómetro.
por: António Xavier
