Dureza “à moda antiga” agravada por problemas de suspensão
A terceira etapa do Africa Eco Race, a derradeira a ser disputada em 2015, não correu da melhor forma para a dupla luso-brasileira da equipa BAMP. O 8º lugar entre os automóveis (10º da geral auto/camião), reflete um somatório de problemas que marcaram esta jornada que ligou Tangounite a Assa e que incluía uma especial cronometrada de 451 quilómetros.
Ocupando o lugar do lado direito da Nissan Navara V8, o brasileiro Maykel Justo salienta que “já nem me recordava de uma etapa assim tão dura. Tanto eu como o Ricardo chegámos aqui, ao acampamento, com muitas dores nas costas, fruto de tanta pancada que levámos neste troço. O dia começou mal quando, ainda bem cedo, um pneu descolou da jante numa zona complicada e perdemos imenso tempo a retomar a corrida. Depois, havia a tal zona muito dura e para a qual a suspensão da nossa Nissan não estava afinada da maneira mais adequada. Foi um verdadeiro martírio. Felizmente que a parte final do troço era mais suave e conseguimos até diminuir a diferença para o vencedor da etapa”.
O vencedor do dia foi o cazaque Yurity Sazanov que, com o seu Hummer, confirmou a liderança da prova. Ricardo Leal dos Santos baixou para o quinto lugar da classificação auto (7º da geral auto/camião) a escassos 33s do piloto que o precede.
Depois de uma noite de passagem de ano que não será longa em festejos, o Africa Eco Race cumpre, no primeiro dia do novo ano, aquela que será, provavelmente, a etapa mais bonita de toda a competição. Ligando Assa a Remz el Quebir a 4ª etapa inclui 409 quilómetros cronometrados, disputados num percurso feito essencialmente em pista. Até Msied, a primeira parte da especial, conta com alguma areia e navegação. Depois o traçado é composto por trilhos de pedra e será muito sinuoso.
por: Albano Loureiro