O Estoril Racing Festival recebeu a derradeira jornada do Super Seven by Kia, onde foram decididas todas as classificações e nas quais se destacaram David Saraiva, Gonçalo Lobo do Vale e José Kol de Almeida. Num fim-de-semana diferente, com duas corridas de 1h30 cada uma, o desafio foi grande para pilotos, máquinas e equipas. Os confrontos foram emocionantes e os 52 Super Seven, entre equipas inglesas e portuguesas, que marcaram presença nesta última prova deram espectáculo para satisfação de todos.
As classificações estavam em aberto e, na festa de final de temporada, as equipas prepararam-se para discutir as melhores posições e as vitórias. Havia várias formações e pilotos com possibilidade de vencerem o troféu. David Saraiva impôs-se na classificação geral/equipas. Não pelo número de vitórias, pois empatou com Gonçalo Lobo do Vale, mas porque fez mais voltas rápidas ao longo da época. Lobo do Vale venceu na classificação de pilotos a solo. E José Kol de Almeida premiou a sua consistência para levar de vencida a categoria Business.
A primeira corrida terminou com contornos épicos. Depois de muitas trocas de posição em pista e de vários pilotos – David e Sérgio Saraiva, Nuno Santos, Pedro Paixão e Gonçalo Lobo do Vale – terem passado pela liderança, foi a dupla da Guarda que venceu. A vantagem entre primeiro e segundo foi inferior a um segundo, mas na entrada para a última volta, esta era de apenas 19 milésimos. Com a vitória, David Saraiva fechou logo a classificação à geral e por equipas a seu favor.
“Não podia ter corrido melhor. Com esta vitória conquisto o troféu. O objectivo inicial era este e conseguimos. Em todos os troféus que participámos juntos, andámos na frente. O meu primo Sérgio fez uma primeira parte espectacular. Ajudou muito”, disse David Saraiva no final da corrida inaugural.
Para Nuno Santos, que ficou em segundo na primeira corrida, as possibilidades de renovar a vitória no troféu esfumaram-se. “Parabéns a quem ganhou. Tiveram muito mérito. A corrida foi fantástica. Tive um carro muito bom com excelente afinação”, afirmou. Gonçalo Lobo do Vale acabou no último lugar do pódio depois de um despique renhido com Pedro Paixão nas últimas voltas. O piloto madeirense fez um turno antes do reabastecimento muito longo “para tirar partido do carro leve”, explicou. Mas foi em demasia. “Na última volta o carro falhou e perdi algum tempo”, disse. E com isso, voltou à pista colado a Lobo do Vale que o bateu na meta.
Na classe Business, Luís Calheiros Ferreira partiu com vantagem mas abandonou com problemas de motor no seu Super Seven. E assim, entregou a vitória no troféu a José Kol de Almeida. “Bastava-me terminar para vencer a competição, mas o carro começou a falhar meia hora após o início. Não iria aguentar. É uma pena, mas as máquinas não são infalíveis e as corridas têm destas coisas”, lamentou Luís Calheiros Ferreira.
Com essas duas classificações fechadas, ainda havia que definir quem levava o troféu a solo para casa e vários pilotos tinham pretensões de terminarem melhor posicionados. Foi por isso que a segunda corrida voltou a ser bastante movimentada. No final, Gonçalo Lobo do Vale triunfou, igualou David Saraiva no número de vitórias e conquistou a classificação a solo.
“Fiz o que me competia, que era ganhar. Mas o adversário que podia vencer também ganhou e teve vantagem com os pontos obtidos nas voltas rápidas. Ainda assim, este fim-de-semana foi muito bom com um terceiro e um primeiro lugares. Vencer no Estoril com um carro de volante à esquerda é fantástico e também se deve ao excelente trabalho feito pela equipa técnica”, enalteceu Gonçalo Lobo do Vale.
Em evidência pela positiva estiveram, também, Manuel Caetano e Luís Lisboa. O primeiro teve um fim-de-semana para esquecer até à última corrida. Aí partiu de último para recuperar até ao segundo lugar. “Acabou por ser uma surpresa. Com tantas dificuldades. Ontem parti a caixa nos treinos e agradeço aos irmãos Lisboa que me emprestaram uma para correr hoje. Na primeira corrida ainda tive problemas mas na segunda correu tudo bem e consegui um óptimo resultado”, afirmou Manuel Caetano.
Luís Lisboa também não começou da melhor maneira e sem um registo animador nos treinos, teve de andar atrás do prejuízo em corrida. “Parti para a primeira detrás e recuperei. Deu muito gozo. No final, e depois de mais uma boa prestação, os resultados apareceram. Tive um excelente duelo com o Manuel Caetano”, rematou o piloto.
Menos felizes foram David e Sérgio Saraiva, bem como Nuno Santos. Os primeiros abandonaram quando a roda traseira esquerda do Super Seven saltou e o segundo desistiu devido ao sobreaquecimento do motor do seu carro.
Na classe Business, e com a classificação do troféu já decidida, João Seabra e Tiago Carvalho juntaram forças nesta última corrida para vencerem. José Kol de Almeida ficou em segundo e Pedro Falé completou o pódio.
Para Seabra, a equipa soube “aproveitar os problemas dos adversários”. E não escondeu o seu “gosto pelas corridas de resistência”, como as do Super Seven by Kia realizadas no Estoril. José Kol de Almeida obteve inúmeros pódios ao longo do ano e a consistência evidenciada permitiu-lhe vencer na categoria Business. “Foi o coroar de muito esforço. Relativamente a esta última jornada, a questão física nem foi o problema em fazer três horas de corrida no mesmo dia. Foi mais o stress de ter de dosear todo e pensar em terminar”, explicou.
por: Comunicado de Imprensa
