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Rali Vinho Madeira: Bruno Magalhães renasceu para a vitória

1 August , 2015

A edição de 2015 do Rali Vinho Madeira contou com todos os condimentos necessários à emoção e competitividade. Sem temperos estrangeiros, a não ser um toque francês protagonizado por Robert Consani, a prova do Clube Sports da Madeira viveu intensamente de duelos lusos que foram assumidos por uma mão cheia de candidatos que fizeram vibrar todos aqueles que acompanharam a prova madeirense.

Bruno Magalhães venceu pela 4ª vez a prova, entrando para um clube restrito de pilotos que deixam gravada a sua assinatura no longo e rico historial do Rali Vinho Madeira. Apesar de uma vitória ser sempre uma vitória, este triunfo de Bruno Magalhães teve um sabor ainda mais especial, com o piloto do Peugeot 208 T16 a construir o triunfo com muita fibra e classe depois de ter de digerir uma série de problemas que condicionaram a sua prestação durante a parte inicial do rali. Bruno e Hugo Magalhães chegaram a ter 31,5 segundos de atraso para um fantástico Alexandre Camacho que, em casa, mostrou como se conduz um DS3 R5 sem a tão necessária adaptação ao carro. E se o extremo conhecimento do asfalto madeirense é determinante para o sucesso, isso acaba por não ser suficiente. Mas não foi só Alexandre Camacho que brilhou ao volante de um carro que lhe era desconhecido. Também outro madeirense, fez brilhar os seus dotes ao volante de um Ford Fiesta R5 que conduziu pela primeira vez. Miguel Nunes fez uma prova sublime, assumiu o comando depois do furo sofrido pelo DS3 de Camacho, e depois de um duelo ao segundo com outro DS3 R5 muito bem tripulado por José Pedro Fontes, que fez frente ao poder madeirense até que as contas para o Campeonato Nacional de Ralis falassem mais alto. Mas se este trio armazenou aplausos, a recuperação de Bruno Magalhães acabou por ser verdadeiramente fantástica, com o piloto a diminuir constantemente a desvantagem, até ao tão esperado golpe final que viria a acontecer precisamente na 13ª especial de classificação. Um número de sorte que fez com que Bruno nunca mais deixasse o comando do rali até à vitória final. Um resultado mais do que justo e valorizado pelas fortíssimas oposições dos madeirenses Alexandre Camacho e Miguel Nunes e do novo líder do Campeonato Nacional de Ralis, José Pedro Fontes que deu a entender que se não estivesse tão preocupado com as contas do CNR teria discutido a vitória até final. E para que não restem dúvidas, é só verificar as diferenças entre os três pilotos que ocuparam o pódio. Bruno Magalhães triunfou com 5,4 segundos de vantagem para Miguel Nunes (2º) e 12,5 segundos para José Pedro Fontes (3º). Quanto a Alexandre Camacho que terminou no 4º lugar a 53,7 segundos do vencedor, é necessário não esquecer que perdeu cerca de 1m17 com o furo sofrido na 6ª especial de classificação. Agora digam lá, se este foi ou não foi um Rali Vinho Madeira extremamente emotivo?

E para as contas nacionais, de referir que José Pedro Fontes foi sempre um controlador muito atento. Foi o “nacional” mais rápido em 18 das 19 especiais de classificação, conquistando tudo o que havia para vencer (exceção feita à Super Especial da Avª. do Mar), saltando para a liderança do CNR, com uma vantagem muito simpática em relação a Ricardo Moura, que está agora no 2º lugar do campeonato depois de uma exibição que nunca foi conseguida, debatendo-se com constantes problemas de “set up” no seu Ford Fiesta R5, que viria a ficar destruído depois de um aparatoso acidente no penúltimo troço, onde numa zona muito rápida o carro guinou inexplicavelmente para a esquerda, numa curva a fundo para a direita. Ricardo Moura e António Costa que tinham o 3º lugar do CNR garantido, acabaram por deitar fora preciosos pontos que poderiam acalentar mais um CNR que está a ser bastante disputado. E por falar em contas nacionais, de sublinhar a excelente atuação de João Barros, que acabou no 2º lugar do CNR e no 6º da classificação geral. Tendo em conta que seria o piloto “top” nacional com menor conhecimento dos troços de asfalto da ilha da Madeira, diga-se que foi simplesmente excelente. Para o único animador estrangeiro, Roberto Consani fechou o “Top 5” do Rali Vinho Madeira, tirando o chapéu à velocidade e classe de um punhado de pilotos portugueses que sabem fazer muito melhor. E muito longe deste lote de superdotados, um “gentleman driver” chamado Elias Barros consegue ser o 3º classificado para o CNR e o 7º da geral, mostrando com um sorriso nos lábios como também é muito saboroso provar que é possível aprender e colher frutos entre pilotos muito mais experientes e cotados. No agrupamento de Produção o triunfo coube ao madeirense Filipe Pires em Mitsubishi Lancer Evo X, enquanto entre os carros de 2 rodas motrizes a vitória assentou de forma fantástica ao surpreendente Wilson Aguiar num Peugeot 208 VTI R2.

Um Rali Vinho Madeira cheio de emoções do princípio até final, onde só falta mesmo aquilo que é necessário para fazer viver pela Europa provas de qualidade como esta.


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