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SATA Rallye Açores 2015: Um irlandês voador

6 June , 2015

A edição comemorativa dos 50 anos do rali açoriano não foi das mais competitivas do seu longo e rico historial, mas contou com todos os condimentos de uma prova bem estruturada e tecnicamente conseguida. Craig Breen e Kajetan Kajetaniwicz vinham com o rótulo de favoritos e desempenharam esse papel na perfeição, não só porque mantiveram a restante concorrência à distância, mas também porque alternaram o comando da prova e proporcionaram momentos entusiasmantes. O piloto irlandês até deixou o polaco brilhar, mas acabou por vincar a sua superioridade impondo o Peugeot 208 T16 ao também competitivo Ford Fiesta R5 do polaco. Com as respostas certas nas alturas certas, Breen nunca tirou os olhos da vitória, partindo para os últimos três troços do rali com a prova praticamente controlada. Dentro do vasto pelotão de pilotos estrangeiros que estiveram presentes na ilha de São Miguel, de destacar as atuações de Robert Consani (Citroen DS3 R5) que conquistou a 5ª posição e ainda a excelente atuação de Domynicas Butvilas que conquistou a vitória no Agrupamento de Produção. As outras estrelas do SATA Rallye Açores acabaram por ser portuguesas. Com um Campeonato Nacional de Ralis em efervescência, os principais candidatos à liderança acabaram por ter a máquina de calcular sempre presente para irem gerindo as contas da tática dos pontos. No entanto, o tricampeão nacional Ricardo Moura, a correr na sua ilha perante a sua gente, também não deu hipóteses à concorrência. Ricardo Moura e António Costa levaram o Ford Fiesta R5 preparado pela ARC Sport a uma vitória que nunca esteve em causa. Venceram os 17 troços do rali e alcançaram o 3º lugar do pódio, propósitos sempre anunciados pelo piloto açoriano que, com este resultado, passa para a liderança do campeonato com 4,5 pontos de vantagem para José Pedro Fontes, que viria a terminar a prova no 6º lugar da classificação geral e no 2º posto entre os concorrentes ao Campeonato Nacional de Ralis. O Citroen DS3 de Fontes mostrou-se sempre em excelente plano ao longo de toda a prova, envolvendo-se até em duelos pontuais com o DS3 francês de Consani.

Regressado aos Açores após seis meses de paragem, Bruno Magalhães viria a assinar uma exibição bem positiva levando o Peugeot 208 T16 ao 4º lugar da geral, queixando-se de falta de potência do carro nos dois primeiros dias de competição, mas acabando por realizar um excelente ensaio para as provas seguintes do ERC onde conta estar presente.

Dentro das contas nacionais, o também candidato, João Barros  foi o piloto que ficou fora do baralho açoriano. A segunda passagem pelo muito técnico e encantador troço das Sete Cidades, ditou o abandono do piloto após despiste. E porque os sucessos e insucessos da competição automóvel se escrevem muitas vezes com a palavra sorte, de sublinhar o azar do piloto açoriano Luís Miguel Rego, que com uma prova irrepreensível nas mãos, acabou por deitar tudo a perder no derradeiro troço do rali, a última passagem pela Tronqueira. Na altura, Luís Rego, desta vez acompanhado por Sancho Eiró ocupava o 9º lugar da classificação geral, era o 2º entre as viaturas do Agrupamento de Produção e o 2º melhor piloto açoriano. Um ligeiro toque e um consequente furo, apagaram aquilo que poderia ter sido mais um brilhante resultado para o jovem piloto açoriano.

E entre os melhores pilotos nacionais, quem voltou a estar em destaque foi Adruzilo Lopes que conseguiu subir ao 3º lugar do pódio nacional, conseguindo a 4ª vitória consecutiva na Produção e solidificando o 4º lugar absoluto do CNR. O Subaru Impreza R4 da ARC Sport voltou a ser superiormente tripulado por Adruzilo Lopes e Vasco Ferreira. Para além deste, mais um destaque luso para Diogo Gago e Jorge Carvalho que conseguiram  o 2º lugar entre os concorrentes à categoria Júnior, uma prova aguerrida e um excelente incentivo para a participação europeia desta promissora dupla.

Mais um SATA Rallye Açores bem conseguido, onde brilhou um irlandês voador e calculista tal e qual como Ricardo Moura que quer voltar a inscrever o seu nome nas páginas de ouro do Campeonato Nacional de Ralis. Faltam agora mais quatro provas, com Moura e José Pedro Fontes a serem os dois grandes candidatos  para o título de 2015.


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