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Febre do mundial de ralis alastra à Argentina

6 May , 2014

A Citroën e o Rali da Argentina: uma história de paixão

Quando se fala de desporto automóvel e de paixão, a Citroën e a Argentina nunca estão longe uma da outra. Após uma primeira temporada de aprendizagem em 2003, a Citroën Racing permanece invicta nas estradas do Rali da Argentina. Desde 2004, com Carlos Sainz/Marc Marti e depois Sébastien Loeb/Daniel Elena, os Xsara WRC, C4 WRC e DS3 WRC nunca foram batidos no evento baseado em Carlos Paz.

Com nove vitórias consecutivas, a Citroën temum enorme prazerem brilhar diante de centenasde milhares de espectadores. Entre eles, foi muitas vezes visto José-María López, actual líder do WTCC, que desta feita estará algo longe das especiais do próximo fim-de-semana, na Eslováquia, ao volante de seu Citroën C-Elysée WTCC.

Três ralis em três dias

Prova favorita de muitas equipas, o Rali da Argentina é, também, um dos mais completos encontros do calendário do Campeonato do Mundo. Durante os três dias de prova, os pilotos WRC enfrentam terrenos muito específicos. Aos troçosde terra, compactose rolantes, do primeiro dia, sucedem  traçados mais técnicos em piso arenoso da região  de Santa  Rosa  de Calamuchita,  e depois as  estradas estreitas de montanha,  com  muita  pedra,  de Traslasierra.

«O Rali da Argentina é um ponto alto na nossa temporada,» refere Marek Nawarecki, que assumirá o papel de Chefe de Equipa Adjunto, na ausência de Yves Matton, envolvido no WTCC. «Há uma enorme diversidade de condições meteorológicas e das estradas. É um encontro atractivo e particularmente interessante para a equipa.»

Para se adaptar a estas condições sempre diferentes, o Citroën Total Abu Dhabi World Rally Team  prepara a prova muito antesdoseu início, fazendo-o com base na sua experiência. «Existem passagensamais de 2 000 metros acima do nível do mar,» disse Didier Clément, engenheiro responsável pelos Citroën DS3 WRC. «Recorremos ao trabalho realizado antesdo México. Para as configurações, beneficiámosdedois diasdetestes com os nossos pilotos. Em termosde experiência, propomos-lhes as soluções encontradas em diferentes especiais da Argentina. De seguida, usamos um bancode dadoseo seu ‘feedback’ para as alterações, sempre em pequena escala, a fazer na afinação dos Citroën DS3 WRC. Procuramos que possam estar totalmente confiantes.»

É  durante  estes  testes  preliminares  que o piloto  e o seu  engenheiro  se  devem  entender  e compreender. Conhecemoso tipo de configurações para cada dia de prova, sabemos quais as armadilhas a evitar, mas também temosemcursoumconstante trabalho de desenvolvimento. ParaoRali da Argentina, temosa possibilidade de introduzir pequenas alterações nas configurações. São elementos que validámos durante os testes. Nunca fazemos alterações de fundo no conjunto. Apresentamos sugestões aos nossos pilotos para que as possam comparar como que sentiram durante os testes.O objectivo é proporcionar-lhes uma nova opçãoque lhes possa ser útil. Eles não têm, necessariamente,de optar pelas mesmas escolhas, porque os seus estilos são diferentes. Mas as configurações não são verdadeiramente díspares.»

Mads Østberg cheio de ambições

Naquela que será a sua quarta participação na Argentina, Mads Østberg espera encontrar a atmosfera que faz a reputação do rali: «A Argentina está no ‘top-5’ dos meus ralis preferidos. Os espectadores e o seu fervor trazem uma atmosfera de festa. E algumas especiais são muito bonitas.»

Presente no pódio já por duas vezes, primeiro na Suécia e, mais recentemente, em Portugal, o norueguês quer continuar a progredir: «Estamos totalmente preparados. Desdeo último dia do Rali do México que beneficiamos de uma evolução muito positiva. Os testes permitiram-me confirmar essa tendência. Estou a trabalhar no meu estilo de condução  para ser  mais competitivo com  o Citroën DS3  WRC. Podemos  alcançar bons  resultados com  os engenheiros. É um longo processo que não ocorre no espaço de algumas semanas, mas o nosso ritmo já é muito promissor!»

Terceiro classificado no Campeonato do Mundo, Østberg terminou no pódio do Rali da Argentina em 2012: «O objectivo permanece o mesmo.  Esteéum rali sempre muito difícil. Vou terque tentar ser regular. Estou ansioso pelas especiais de Sábado, muito rápidas e com muito ritmo. No Domingo, vamos enfrentar o Mina Clavero a descer, um troço queasubir já é particularmente complicado. Promete ser um grande desafio na fase final do rali. O objectivo é garantir um bom resultado. Dependendo das condições, vamos ver se seremos capazesde atacar um pouco mais…»

Uma primeira experiência para Kris Meeke

Ao contrário da Suécia, México e Portugal, Kris Meeke conta com alguma experiência do Rali da Argentina. Mas nunca foi até Carlos Paz para disputar a prova do Campeonato do Mundo de Ralis. «Participei neste rali em 2010, quando pontuou para o IRC», conta Kris. «As especiais não são iguais, mas conheçoa natureza das estradas. Parto um pouco menos à aventura do que nos ralis anteriores.»

Nos testes realizados na Sardenha, Kris e Paul foram capazes de reencontrar as suas sensações para como Citroën DS3 WRC: «Fez-nos muito bem regressar ao cockpit do carro. A conduçãode um WRC nãoé algo que possa ser praticada  em casa.  Os  testes  correram  muito  bem. Toda  a equipa  está  a trabalhar  muito,  desenvolvendo continuamente novas soluções. Ganhámosem motricidade e equilíbrio da viatura. Estou muito confiante e confio plenamente no Citroën DS3 WRC.»

Tendo subido ao pódio na primeira prova da temporada, a equipa britânica quer abrir a contagemem pisos de terra:  «precisamos terminarum rali sem  a menor falha. Aconteça o que acontecer, independentemente das condições, temosde ir atéofim. Desdeo início da temporada que temos um bom ritmo. Há apenas que eliminar os errose isso passa por começar por fazer bons reconhecimentos.»

De Buenos Aires a Carlos Paz

Sendo uma das provas do WRC mais amadas pelo Citroën Total Abu Dhabi WorldRally Team,o Rali da Argentina começou  Kris Meeke  and Mads  Østberg uma semana antes do seu arranque efectivo, sendo  que os pilotos participam numa série de acções promocionais em Buenos Aires, antesde apanharem o avião para Cordoba.

Os reconhecimentos iniciam-se na 3ª Feira (6 Maio) a partir das08h00. Dois dias depois, o «shakedown» dará início às hostilidades, numa 5ª Feira que contará, também, comacerimónia de partida e com uma super-especial em Carlos Paz, pelas 16h00.

Na 6ª Feira os participantes rumam a norte para os troços na região de La Cumbre. Serão duas classificativas a correr por duas vezes: Santa Catalina–La Pampa (27,09 km) e o longo troçode Ascochinga–Agua de Oro (51,88 km). Está previsto um intervalo de 30 minutos de assistência entre as duas rondas, agendado para as 12h18.

As duas classificativas de Sábado correm-se mais a sul. As equipas saem do parque fechado às 06h25 e rumam ao Valede Calamuchita. Serão, também aqui, duas passagens  por San Agustin–Villa del Dique (39,99 km) e por Amboy–Yacanto (39,16 km), separadas por um intervalo de assistência de meia hora.

O último dia será mais curto, com apenas 76,78 km cronometrados. As equipas irão disputar troços que parecem saídos de paisagens lunares, como Giulio Cesare–Mina Clavero (22,07 km) e El Condor–Copina (16,32km) sem qualquer intervalo.O lendário troço de Giulio Cesare correr-se-á ao contrário do que aconteceu em edições passadas,do topo da montanha até ao Valede Traslasierra. A segunda passagem por El Condor servirá como «Power Stage». A chegada do rali está agendada para as 14h48 de Domingo, 11 de Maio, em Carlos Paz.

Nota: horas locais, menos  4 horas do que em Portugal


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