A neve, o gelo, a chuva e o asfalto dos Alpes marítimos são os ingredientes de uma receita em que a imprevisibilidade é o sabor dominante. No meio de tantas incertezas, Sébastien Ogier, actual campeão do Mundo, foi o mais regular e impôs-se perante a concorrência para vencer o Rali de Monte Carlo. O francês da Volkswagen chegou ao principado na primeira posição, com 1m18,9s de vantagem sobre Bryan Bouffier que, em Ford Fiesta, foi segundo e melhor privado. Kris Meeke, em Citroën DS3 WRC oficial, ficou em terceiro a 1m54,3s do vencedor.
Num pódio preenchido por três marcas diferentes, destaque pela negativa para a Hyundai que, no regresso ao WRC, não conseguiu chegar ao fim com nenhum dos seus i20. Thierry Neuville ainda mostrou velocidade… durante seis quilómetros. Um acidente ditou o seu abandono. Dani Sordo chegou ao segundo dia mas o seu carro parou numa ligação com problemas eléctricos e o espanhol ficou pelo caminho.
No final, Sébastien Ogier explicou que o triunfo só foi possível porque não deixou de acreditar “depois de ter perdido muito tempo logo no primeiro dia”. Mas confessou, também, que com a liderança conquistada, ficou “feliz por o rali já ter terminado”.
Mads Ostberg que, na estreia com a formação oficial da Citroën, acabou em quarto lugar, enquanto Jari-Matti Latvala, que venceu a última classificativa da prova, terminou em quarto. Elfyn Evans, num dos Fiesta WRC da M-Sport, ficou em sexto, uma posição acima do terceiro elemento da Volkswagen, Andreas Mikkelsen. O oitavo posto ficou para Melicharek, a uns distantes 21m56,2s de Ogier.
O Mundial prossegue com a segunda prova do ano, o Rali da Suécia, já no próximo mês, entre os dias cinco e oito de Fevereiro.
por: João Picado