Num quinto lugar muito pouco habitual, Sébastien Ogier e Julien Ingrassia passeiam-se com o Volkswagen Polo WRC pelas estradas da Alsácia onde celebram a conquista do seu primeiro título mundial. A dupla gaulesa precisou de fazer apenas uma especial desta jornada do WRC para confirmar a vitória no campeonato. E devem-no, em parte, ao actual segundo classificado, Dani Sordo, que compete em Citroën DS3 WRC.
Na primeira classificativa do rali, que era a Power Stage e valia pontos extra, Thierry Neuville (Ford Fiesta), o único piloto com possibilidades matemáticas para tirar o ceptro de campeão a Ogier, precisava de somar os três pontos do triunfo no troço. Mas foi o espanhol da Citroën quem o fez e, de imediato, Ogier e Ingrassia, bem como toda a estrutura da Volkswagen, puderam festejar.
A partir daí, a dupla gaulesa tem andado num ritmo menos forte do que aquele a que habituaram os fãs durante toda a temporada. Neuville, que continua a evoluir positivamente, é o líder com 9,8s de vantagem sobre Sordo e 11,8s sobre Jari-Matti Latvala, segundo e terceiro classificados, respectivamente.
Sébastien Loeb, que tinha vencido os últimos nove mundiais e regressou à competição nesta prova, passou o testemunho mas continua a evidenciar uma rapidez tremenda, com o quarto lugar a 12,2s do líder.
Com a vitória no campeonato, Ogier não escondia a sua satisfação após a primeira prova especial. “A forma como vencemos este título é magnífica. Num ano, fomos do zero a campeões do mundo. Fica para a história. Foi uma época dura, com muito trabalho, desenvolvimentos e esforço de toda a gente. É o primeiro ano da Volkswagen no WRC e mesmo sem termos terminado a temporada já somos campeões”, afirmou o piloto.
Quando soube que era campeão, ainda antes de partir para o primeiro troço, Ogier confessa que começou “a tremer”. E para o francês isso é bom. “É sinal que me emocionei. Por vezes não sou suficientemente emotivo”, assumiu.
por: João Picado