Ao fim de três dias no Rali da Austrália só existe uma certeza: Sébastien Ogier está, tal como acontecia com Sébastien Loeb, numa dimensão à parte de todos os outros pilotos do Mundial de ralis. O piloto gaulês da Volkswagen pode sair desta prova campeão do mundo e depois de ter perdido essa oportunidade na Alemanha, devido a acidente, não quer arriscar e lidera a competição com um à vontade tremendo.
No terceiro dia de competição, Ogier ganhou todas (!!!) as especiais realizadas. E foram seis. o piloto, juntamente com Julien Ingrassia, seu co-piloto, colocaram o Volkswagen Polo WRC número oito sempre no topo das tabelas de tempos. A superioridade é tal que, quando falta apenas uma etapa, esta dupla lidera o Rali da Austrália com 45,9s de vantagem sobre o segundo classificado, Mikko Hirvonen, em Citroën DS3 WRC. O finlandês sabe que não consegue acompanhar o ritmo de Ogier e limita-se a manter a consistência na esperança que o seu adversário tenha algum problema que o faça perder tempo.
No terceiro posto está Thierry Neuville. O belga, que nos últimos tempos se tem habituado aos lugares do pódio, continua forte no Ford Fiesta WRC e demonstrou ser mais constante do que Kris Meeke. O irlandês acabou por cometer um erro e sofreu um acidente que ditou o seu abandono. “Foi relativamente simples. Entrei numa curva de segunda velocidade dez km/h acima do que devia. Pensei que conseguia fazer a curva mas o carro escorregou e caí num degrau para um campo. Ia devagar, mas um acidente é sempre um acidente”, afirmou Meeke.
Deste modo, Neuville está a 1m11,4s de Ogier, enquanto Latvala, que subiu a quarto, está a 1m47,6s do primeiro classificado. Andreas Mikkelsen, no terceiro Volkswagen, é quinto, a mais de dois minutos, mas parte para o último dia de rali com uma vantagem de apenas 2,5s sobre Mads Ostberg, em Ford.
No final do dia, Ogier disse que “o dia foi perfeito, mas a última etapa vai ser dura e por isso é necessário manter a concentração”. As equipa têm, pela frente mais seis classificativas com a última a dar pontos extra para os três mais rápidos. Vão ser 29,44km de cortar a respiração.
por: João Picado