Grandes saudades dos tempos gloriosos do Rali Vinho Madeira. É esta a sensação que fica, quando se espreita para uma lista de inscritos com pouco mais de trinta concorrentes onde faltam nomes sonantes, tanto ao nível internacional como nacional. A falta de orçamento obriga a prova madeirense a uma dieta forçada, para que se consiga recompor e regressar ao esplendor de um campeonato europeu que já fez da Madeira uma pérola dos ralis internacionais. Agora há que fazer sacrifícios, mas não deixar morrer o espírito que atirou o Rali Vinho Madeira para os grandes destaques internacionais. Este ano a prova passa por uma necessária cura de emagrecimento, para tentar fazer com que voltem a crescer as bases necessárias para uma projecção que se pretende rápida.
Mas se faltam os habituais pilotos estrangeiros credenciados, e até mesmo alguns dos melhores portugueses, com destaque para Ricardo Moura, o bicampeão de Portugal de ralis, não falta empenho organizativo para fazer renascer o espírito do Rali Vinho Madeira.
Bruno Magalhães é favorito
Um rali especial para o piloto português que deseja voltar a triunfar nos troços de asfalto da ilha da Madeira. O principal opositor de Bruno Magalhães é o italiano Giandomenico Basso que também irá conduzir um Peugeot 207 S 2000. Oleksander Saliuk (Skoda Fabia S 2000), Luca Betti (Ford Fiesta S 2000), Pedro Meireles (Skoda Fabia S 2000) e um lote de qualidade de pilotos madeirenses, como Miguel Nunes, Filipe Freitas, João Silva ou João Magalhães, colocam-se no seguinte patamar de candidatos, quem sabe à espreita de azares de Magalhães ou Basso. O Campeão de Portugal de Ralis vai estar ausente. Ricardo Moura gostaria de ganhar ritmo em pisos de asfalto, sem qualquer tipo de pressões competitivas, mas infelizmente falta de verbas para se deslocar à Madeira impedem Moura de até tentar lutar este ano por uma vitória à geral. Também fora da prova, mas não da ilha da Madeira, o piloto madeirense Bernardo Sousa, líder do Campeonato de Portugal de 2013, também não reuniu condições e conciliações para estar presente à partida. Demasiadas ausências, que deixam algum amargo de boca.
Ao contrário do que tem sido habitual nas últimas edições do Rali Vinho Madeira, este ano não há Super Especial da Avenida do Mar, com o rali a arrancar amanhã com duas especiais de classificação que vão servir de aperitivo para uma prova que conta com 16 troços cronometrados. Campo de Golfe (16 km) marcado para as 19h47 de 6ª feira e Chão da Lagoa (22 km) às 20h30 serão os primeiros indicadores para um Rali Vinho Madeira que necessita urgentemente de muita emoção e da habitual qualidade organizativa do Club Sports da Madeira
por: António Xavier
