Robert Kubica
É polaco e impressionou tudo e todos nos circuitos. Com grandes participações em corridas de F1, voltou às manchetes quando sofreu um aparatoso acidente – que quase lhe tirou a vida – num rali em Itália. Demorou a recuperar e, quando o fez, não voltou aos monolugares. Optou, então, pelas provas de estrada, mas a um nível mais elevado.
Foi então que o polaco Robert Kubica se tornou mais francês. Confusos? Nós explicamos. O antigo piloto de F1 definiu um programa competitivo em ralis, com provas do campeonato europeu e outras do WRC, ao volante de um Citroën DS3 RRC, a segunda categoria mais competitiva da modalidade.
A confiança no seu valor fez com que os responsáveis da Citroën lhe dessem apoio directamente da fábrica. Mas poucos saberiam qual o nível de Kubica em provas de estrada. Até hoje. O antigo piloto da BMW e da Lotus na F1 estreou-se no Europeu, no Rali das Canárias, e pulverizou os tempos da concorrência. Na gíria pode dizer-se que “não passou cartão” aos adversários.
Ao fim da primeira etapa, Kubica lidera com mais de um minuto de vantagem sobre o segundo classificado, Jan Kopecky, que pilota um Skoda Fabia S2000 oficial. Em terceiro surge o irlandês, Craig Breen, com um Peugeot 207 S2000, mas já está quase a dois minutos do primeiro.
“Foi um dia bom. Na última especial havia um cruzamento apertado. Puxei o travão de mão mas ainda toquei com a traseira do carro numa casa. Tive de fazer marcha-atrás e perdi dez a 12 segundos. De qualquer forma, o dia de hoje correu bem. Foi perfeito para testar em várias condições meteorológicas. Agora só temos de manter o nosso ritmo”, afirmou o polaco.
Esta participação de Kubica, com um andamento vigoroso, faz despertar ainda maior curiosidade em torno da sua presença no Rali de Portugal, já no próximo mês. Amanhã, os pilotos têm mais seis especiais pela frente.
por: João Picado
