Se dúvidas houvesse, Sébastien Ogier está empenhado em mostrar que o título de melhor piloto de ralis da actualidade se manterá em França. Depois de Loeb ter ganho 9 campeonatos do Mundo e ter competido nas duas primeiras provas do ano – num programa que contempla apenas quatro ralis em 2013 – o piloto da Volkswagen está intratável e lidera o Rali do México, cumprido o primeiro dia de competição, com 33 segundos de vantagem sobre Mads Ostberg, que pilota um dos Ford Fiesta WRC inscritos pela M-Sport.Ogier passa boa parte das entrevistas a evitar comparações com Loeb. Mas depois de ter pressionado o piloto com mais sucessos na história da modalidade quando eram companheiros na Citroën, agora assume-se como o seu sucessor como principal candidato ao título mundial.
A tarefa adivinhava-se difícil. Primeiro, porque a Volkswagen há muito que não se envolvia em ralis. Depois, porque havia nomes de pilotos que queriam assumir-se como figuras de proa da competição com a saída de Loeb. Mas é Ogier que quer seguir o legado do seu compatriota e, para já, está a consegui-lo.
Com uma vantagem superior a meio minuto, o francês pode começar a gerir a a diferença para a concorrência, enquanto Ostberg está mais preocupado com a pressão de Hirvonen, terceiro classificado, do que em aproximar-se do primeiro.
Enquanto Ogier dominou o primeiro dia com oito triunfos nas 13 especiais já realizadas, Ostberg, que foi o mais rápido em quatro, queixava-se que não percebia como é que em certas zonas tem o andamento do piloto do Polo WRCe noutras anda “a um segundo por quilómetro sem saber como”, disse.
Por seu turno, Hirvonen assume que a única questão que não está bem para si é o facto de Ogier ser mais rápido. “Sinto-me bem com o carro, as afinações são boas e estou confiante com a minha pilotagem, mas o Ogier está a andar muito depressa e é difícil fazer os seus tempos”, afirmou o piloto do Citroën DS3 WRC.
A mais de um minuto e na quarta posição está Thierry Neuville, em Fiesta WRC, enquanto Dani Sordo, no segundo DS3 WRC de fábrica, ocupa o quinto posto.
“Não tive hipótese”
Quem já perdeu muito tempo foi Jari-Matti Latvala. Depois de completar as duas super-especiais da véspera, o finlandês da Volkswagen apenas fez algumas centenas de metros na primeira classificatória de hoje e abandonou com o braço de suspensão do Polo WRC depois de ter embatido numa pedra.
“Foi na terceira curva do troço. (…) Quando a vi ainda tentei bater numa parte mais resistente do carro. Mas não consegui”, lamentou o piloto que garantiu, entretanto, o regresso à prova no segundo dia de competição.
por: João Picado
