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Carlos Sousa mantém-se firme no top-10

11 January , 2013

Num dia literalmente passado nas nuvens, a madrugadora subida aos Andes e ao ponto mais alto de toda a Argentina constituiu o aperitivo para uma rápida e desgastante especial disputada a mais de 3.400 metros de altitude. Quebrando a trajetória ascendente dos últimos dias, Carlos Sousa e Miguel Ramalho baixaram hoje um posto à geral, cedendo o 9º lugar ao argentino Orlando Terranova, mas em compensação voltaram a ganhar tempo a Ronan Chabot (6º), Joan Roma (7º) e, sobretudo, a Bernard Errandonea (8º), que está já a menos de 5m da dupla portuguesa na classificação. Tudo isto numa especial onde foram algo penalizados pela falta de potência do motor turbodiesel em altitude e pela menor velocidade de ponta do SUV Haval face aos buggys de duas rodas motrizes. Com apenas mais uma etapa pela frente até à jornada de descanso, o objetivo do top-10 mantém-se intacto…

Depois de uma primeira e breve incursão por terras chilenas, o Dakar atravessou hoje a Cordilheira dos Andes para disputar a primeira de cinco especiais na Argentina, num dia verdadeiramente desgastante para a caravana do rali, que logo às primeiras horas da madrugada iniciou uma ligação de 417 km que levou os concorrentes a uma altitude recorde de 4.975 metros.

Numa etapa inédita no atual figurino sul-americano, a altitude foi uma constante no longo caminho até ao bivouac de Salta, turística cidade no noroeste argentino, de tal forma que mesmo os 218 km do rápido setor cronometrado foram cumpridos entre os 3.400 e os 4.462 metros, num verdadeiro teste de resistência a pilotos e máquinas.

Prejudicados pela falta de potência no motor turbodiesel em altitude e pela menor velocidade de ponta do SUV Haval na parte mais rápida do percurso – dominada pelos buggys até cerca do km 142 –, Carlos Sousa e Miguel Ramalho conseguiram, ainda assim, realizar pela segunda vez nesta edição o 9º melhor tempo da especial, a apenas 4m34s do vencedor.

“Foi uma especial sem grandes dificuldades a nível de navegação, muito rápida nos primeiros dois terços do percurso e um pouco mais estreita e pedregosa na parte final. Tal como esperávamos, perdemos alguma resposta no acelerador devido à altitude e fomos um pouco penalizados pela menor velocidade de ponta do nosso carro na parte mais rápida do troço. Mas quanto a isso não há nada a fazer… Estamos a andar no limite do potencial deste Great Wall”, admitiu Carlos Sousa à chegada deste sétimo dia.

“Continuamos a ganhar tempo a alguns buggys que estão à nossa frente na geral e recuperámos hoje mais de 7m ao Bernard Errandonea e quase três ao Ronan Chabot. Vamos tentar chegar um pouco mais longe na classificação, apostando na fiabilidade do Great Wall e na nossa regularidade. Para já, continuamos dentro do objetivo do top-10, mas falta ainda mais de meio Dakar até ao final”, recordou o piloto português, 10º da geral, mas a pouco mais de meia hora do 6º lugar de Chabot.

Na véspera da jornada de descanso e já a caminho de San Miguel Tucumán, os concorrentes enfrentam neste sábado a mais longa especial desta primeira semana. Serão 470 km disputados ao cronómetro num dos mais belos teatros naturais da Argentina, entre formações rochosas e desfiladeiros, num cenário digno de um filme de cowboys.


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