Mesmo largando apenas do 27º lugar para a longa etapa desta terça-feira, a mais dura desta primeira semana segundo a organização, Carlos Sousa e Miguel Ramalho estiveram hoje em plano de destaque, recuperando seis posições à geral e terminando a especial de 288 km entre os 10 mais rápidos. O balanço final só não foi mais positivo porque a dupla nacional perdeu algum tempo logo na fase inicial do percurso com o fesh fesh deixado pelos camiões que largaram à sua frente. Sem visibilidade, o caminho só ficou livre à chegada às primeiras dunas, hoje a não causaram qualquer problema ao piloto português, que arriscou partir com uma pressão de pneus mais baixa que na véspera. Com um ritmo cada vez mais forte e sem qualquer problema a registar no SUV Haval, Carlos Sousa despede-se amanhã do Peru a pouco mais de 5m de um lugar no top-10 da geral automóvel…
Já com a Cordilheira dos Andes no horizonte, o Dakar regressou hoje à etapa que mais estragos causou à caravana em 2012, num percurso agora realizado em sentido inverso, entre as cidades peruanas de Nazca e Arequipa.
Com uma distância total de 717 km, dos quais 288 em setor cronometrado e os restantes 429 em ligação até ao bivouac, a tirada desta terça-feira foi para já a mais longa desta edição, mas também a mais dura e difícil desta primeira semana de prova, como sempre avisou a Organização.
Determinados em recuperar algum do atraso acumulado na etapa da véspera, Carlos Sousa e Miguel Ramalho realizaram uma etapa em crescendo, concluindo a especial com o 10º melhor tempo, subindo seis posições na geral de uma assentada, fixando-se agora em 11º, a pouco mais de 5m de um regresso ao top-10 da classificação automóvel.
“Finalmente, um dia sem problemas”, desabafou o português à chegada, lamentando apenas algum tempo perdido logo na fase inicial do percurso, “quando apanhámos alguns dos camiões que partiram à nossa frente. Devido ao pó fino que se acumula na estrada – o conhecido fesh fesh – só os conseguimos ultrapassar na chegada às primeiras dunas, que ultrapassámos sem qualquer problema”, destacou.
“Tivemos apenas algumas cautelas na zona de pedras, também porque hoje arriscamos sair com uma pressão mais baixa e estávamos mais vulneráveis a furar. Mas face às dificuldades que sentimos nas etapas anteriores, esta foi sem dúvida a melhor opção”, apontou o piloto da Great Wall Motors, para já muito satisfeito com o comportamento global do seu Haval SUV.
“Há um ano, tivemos muitas dificuldades nas etapas do Peru, devido ao sobreaquecimento do motor. Felizmente, não temos até agora qualquer indício de problema relacionado com a temperatura, o que é um ótimo sinal. Estamos a aumentar o nosso ritmo a cada dia e penso que é possível continuar a recuperar algumas posições nas próximas etapas. Para já, este foi um dia que me deixou satisfeito”, rematou Carlos Sousa, no final de uma especial que voltou a ser uma vez mais dominada pelos buggys de duas rodas motrizes.
Amanhã, o Dakar despede-se do Peru, entrando já em território chileno, numa etapa de transição disputada entre Arequipa e Arica, num total de 275 km. Em puro contraste com a paisagem dos primeiros dias, a especial cronometrada de 172 km terá muita pedra no caminho e várias passagens por vales e leitos de rios. Em alguns pontos, será exigida muita atenção ao road-book.
por: Comunicado de Imprensa