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Carlos Sousa com dia difícil nas dunas

7 January , 2013

Após uma segunda jornada francamente positiva, com a subida ao 9º lugar da classificação geral, Carlos Sousa e Miguel Ramalho tiveram hoje um dia verdadeiramente infeliz na dura etapa que ligou Pisco a Nasca, num total de 243 km cronometrados. Logo ao km 23, a dupla portuguesa evitou a custo um concorrente parado à saída de uma duna, acabando por desviar-se para uma zona de areia mais fina, perdendo quase meia hora para regressar à corrida. Mais à frente, nova paragem de 10m para retirar a proteção dianteira do Great Wall, que tinha ficado solta após o incidente anterior… Contas feitas, um atraso de 52m47s para o mais rápido do dia e uma descida ao 17º lugar da geral. Amanhã, começa nova recuperação…

Como prometido pela Organização, as dificuldades não param de aumentar a cada dia, de tal forma que os desafios da véspera não foram mais do que um aperitivo para o que esperava os concorrentes nesta terceira jornada do Dakar, disputada entre Pisco e Nazca, num total de 243 km cronometrados.

Sem tempo para apreciarem a paisagem, uns curtos 4 km separavam o acampamento da partida para a especial cronometrada, cuja parte inicial era também a mais seletiva de toda a tirada, especialmente à passagem do km 23, onde estava assinalada uma sequência de dunas de muito difícil transposição.

Infelizmente para Carlos Sousa e Miguel Ramalho, a história desta terceira etapa começou a ser escrita precisamente aí: “Começamos muito bem a especial e tínhamos já passado as primeiras dunas. Mas quando o pior já parecia ter passado, tivemos que nos desviar bruscamente de um carro, ficando presos numa zona de areia bastante complicada”, recorda Carlos Sousa, que perderia quase meia hora para conseguir regressar à corrida.

Mas esta não seria a única dor de cabeça para a dupla nacional no difícil percurso até Nasca, já que poucos quilómetros depois “a proteção dianteira do carro começou a soltar-se e a bater no chão, obrigando-nos a nova e prolongada paragem para a retirar”.

Daí até final, “foi sempre a apanhar pó dos muitos carros e camiões que nos passaram… Ainda arriscamos algumas ultrapassagens, mas a dada altura achei que era melhor não correr mais riscos, até porque estava já muito desgastado fisicamente”, admitiu o piloto da Great Wall, que perderia um total de 52m47s para o mais rápido, Nasser Al-Attiyah, baixando ao 17º lugar da geral, a pouco mais de 24m de um lugar no Top-10

“Enfim, vamos ter que iniciar nova recuperação já a partir de amanhã, numa etapa que se antevê muito complicada, tal como aconteceu no ano passado. É verdade que a esta altura o atraso já parece significativo, mas estamos ainda no terceiro dia do Dakar e a corrida ainda é longa até final”, concluiu o experiente português.

Amanhã, a competição sobe uma vez mais de nível, de tal forma que esta quarta etapa, entre Nazca e Arequipa, num total de 429 km, é considerada pela Organização como a mais difícil desta primeira semana.

Após a dolorosa descoberta no ano passado, a experiência promete ser ainda pior em 2013, com os intermináveis campos de areia fina a esperam os concorrentes logo ao começo da especial, num martírio que se prolongará por 288 km, sempre junto à costa do Pacífico, até à vertiginosa descida final, capaz de causar calafrios até aos mais destemidos.


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