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No “Dakar”, hoje o Pisco soube melhor aos Portugueses!

6 January , 2013

O Rali Dakar segue hoje “acampado” em Pisco, pequena cidade cerca de 250 quilómetros ao sul de Lima, localizada bem próximo da costa do oceano Pacífico, que deve a sua fama aos vinhedos que a rodeiam e à aguardente que ali é produzida há alguns séculos — a matéria essencial da bebida mais popular e emblemática do Peru, o Pisco Sour, um cocktail bem doce que confunde os distraídos com a sua doçura, que oculta o elevado teor alcoólico. Pois se ontem o curto sector selectivo disputado nos arredores de Pisco abriu esta edição do “Dakar” como se fosse um aperitivo que caiu mal aos pilotos portugueses, o dia de hoje, com um sector selectivo de 241 km disputado desde Ica até Pisco e dominado por vários longos sectores de areia e dunas impressionantes, resultou numa degustação melhor apreciada pelos nossos homens. Se contarmos com os navegadores que acompanham pilotos estrangeiros, Filipe Palmeiro e Paulo Fiúza, hoje posicionaram-se quatro portugueses entre os dez primeiro. O melhor de todos foi novamente Rúben Faria, que desta feita foi o quarto mais rápido na “especial” e conseguiu assim ascender ao segundo posto absoluto, cabendo-lhe ser o melhor colocado entre os pilotos oficiais da KTM, secundando a Husqvarna do espanhol Joan Barreda por cinco minutos e 36 segundos. Ainda nas motos, Hélder Rodrigues foi o 15º com a sua Honda e recuperou para o mesmo lugar em termos absolutos, enquanto Paulo Gonçalves (Husqvarna) caiu do 13º para o 22º lugar, somando 16m.51s de atraso face ao comandante. Ainda continuando a falar dos homens das motos, registe-se que Pedro Bianchi Prata (Husqvarna) obteve um resultado muito semelhante ao do primeiro dia, mas logrou subir cinco lugares na classificação, para o 57º lugar, enquanto Mário Patrão (Suzuki) o para o fim do pelotão, ocupando o penúltimo posto (137º), a mais de duas horas do primeiro, se incluirmos os 15 minutos de penalização averbados.

Passando aos automóveis, os quatro portugueses estão agora todos no “top ten”, colocados entre o quarto e o nono lugares. Em termos absolutos, regista-se novo líder, agora com Stéphane Peterhansel (na foto) a subir ao comando com o seu Mini, secundado pela Toyota Hilux de Giniel de Villiers, depois de ambos terem estabelecidos os melhores tempos na etapa, enquanto Carlos Sainz, o anterior líder, desceu para o 11º posto. Dos nossos homens — literalmente, pois não há mulheres na nossa comitiva… — o melhor é Paulo Fiuza, que acompanha o argentino Orlando Terranova num BMW X3CC, seguindo-se Filipe Palmeiro, oitavo absoluto a bordo do Mini conduzido pelo polaco Krzysztof Holowczyc, enquanto Carlos Sousa e Miguel Ramalho colocaram o Great Wall Haval no nono lugar, depois de terem conseguido o mesmo resultado nesta “especial”. Curiosamente, este resultado de Sousa vem contrariar a teoria de que este ano o carro chinês está ainda mais em desvantagem face aos adversários e se é certo que ainda está tudo em aberto, com mais uma dúzia de etapas e cerca de três milhares de quilómetros cronometrados por cumprir, também não deixa de ser verdade que tudo parece continuar no “Dakar” tal e qual estava há um ano atrás, no que diz respeito ao equilíbrio de forças. Vamos ver como as coisas evoluem amanhã, com mais uma etapa cheia de areia e desafios…

Revista Todo Terreno


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