Única dupla nacional presente no Dakar 2013 foi apresentada esta quarta-feira na China
Juntos pela primeira vez, Carlos Sousa e Miguel Ramalho integram a equipa oficial da Great Wall Motors na 35ª edição do maior e mais difícil rali do mundo, entre 5 a 20 de janeiro.
Capital da República Popular da China, com uma população de 10,3 milhões de habitantes, Pequim foi a cidade escolhida pela Great Wall Motors para a apresentação da sua equipa na 35ª edição do Dakar, numa cerimónia realizada esta quarta-feira perante mais de centena e meia de jornalistas e onde marcaram presença, além de Zhou Yong e Pascal Maimon (19ºs em 2012), os portugueses Carlos Sousa e Miguel Ramalho, a única dupla nacional a competir em 2013 na categoria automóvel.
Sexto classificado na última edição, garantindo o melhor resultado de sempre de um construtor chinês no Dakar, Carlos Sousa volta a ser a grande esperança da Great Wall neste seu segundo ano de ligação ao maior exportador automóvel da China, líder de mercado no segmento dos SUV e das Pick-Up, com presença em mais de 100 países do mundo.
No ano em que celebra 25 anos de carreira e se prepara para estar à partida do seu 14º Dakar, Carlos Sousa foi naturalmente o alvo principal dos muitos jornalistas chineses presentes nesta conferência de imprensa, desdobrando-se em entrevistas e sessões fotográficas, perdendo conta aos autógrafos distribuídos junto da sua cada vez mais numerosa legião de fãs.
“É um país que despertou em definitivo para o Dakar e que tem hoje já uma outra perceção do impacto e do potencial mediático que gira em torno desta prova. Apesar de esta ligação ser ainda muito recente, o resultado de 2012 acelerou em muito esta nova realidade, despertando um interesse generalizado sobre o Dakar e em particular sobre o desempenho dos construtores locais”, explica Carlos Sousa, nesta que é já a sua terceira visita à China no espaço de um ano.
Desta vez, porém, a viagem de mais de 9.600 km foi cumprida na companhia de um outro português, Miguel Ramalho, o mais consagrado dos navegadores nacionais, tanto ao nível dos ralis como do todo-o-terreno, com quem formará uma inédita dupla no próximo Dakar.
Mantendo a esperança de repetir um lugar dentro do top-10, a única equipa totalmente portuguesa a competir na categoria automóvel em 2013 admite que será difícil igualar o sexto lugar da última edição.
“Por muito que me custe, temos de ser realistas e assumir que 2013 poderá constituir um retrocesso em termos de classificação geral. É que vamos num carro sem qualquer tipo de evolução ou desenvolvimento face ao ano passado e que inclusivamente perdeu em performance. Com efeito, as novas regras obrigam-nos agora a utilizar um motor de série que nos penaliza fortemente em velocidade de ponta, logo num ano em que o regulamento passou a privilegiar os potentes e leves buggys de motorização a gasolina”, analisa o piloto.
Com nada menos do que cinco antigos vencedores à partida, Carlos Sousa não tem dúvidas de que este “vai ser um Dakar disputado a um ritmo alucinante desde os primeiros dias. Sem argumentos para entrarmos na discussão pelos primeiros lugares, vamos procurar ser regulares e confiar na maior fiabilidade do SUV Haval para fazer a diferença no final”, afirmou Carlos Sousa durante a apresentação, realizada esta tarde numa antiga Estação de Caminhos de Ferro, hoje transformada num moderno Centro de Design.
Tal como há um ano, Dong Ming, vice-presidente da Great Wall Motors e responsável pelo Departamento de Competição da marca, conduziu a apresentação e antecipou os objetivos da equipa nesta que que será já a quarta presença oficial dos SUV Haval num Dakar.
“Antes de tudo, o nosso objetivo é colocar novamente os dois carros no final, porque mais do que o resultado privilegiámos sempre a regularidade. E julgo que essa tem sido uma boa aposta, como o provam os resultados dos últimos anos. É evidente que o Carlos Sousa levou este ano a equipa a outro patamar, conseguindo um fantástico sexto lugar no final, muito acima das nossas melhores expetativas. Mas em 2013 já ficaria muito satisfeito se voltássemos a colocar um carro no top-10”, revelou Dong Ming.
Juntando 459 equipas em representação de 53 nacionalidades diferentes, a 35ª edição do Dakar visitará pela quinta vez consecutiva a América do Sul, disputando-se ao longo de 14 etapas e mais de 8.400 km, entre 5 a 20 de janeiro, com partida de Lima (Peru), chegada a Santiago (Chile) e uma jornada de descanso a 13 de janeiro, em San Miguel de Tucumán (Argentina).
por: Comunicado de Imprensa