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Uma Aventura Portuguesa…

28 May , 2012

… de Leiria a Shanghai em velhos “Discovery”

Foi há um par de anos e foi uma aventura bem portuguesa: a bordo não faltou sequer o bacalhau, chouriço, uns vinhitos e até broa, como os nossos amigos Rui Gaspar e Rui Abreu confessaram à reportagem da SIC, que os entrevistou a 5 de Junho de 2010 em Shanghai, quando terminaram esta longa viagem iniciada 35 dias antes em Leiria.

Ao contrário da recente expedição organizada pela Land Rover para angariar fundos que permitam suportar um importante projecto de abastecimento de água potável a uma comunidade de dezenas de milhares de pessoas no Uganda, esta aventura não contou com o último modelo do Discovery, mas sim com uma unidade das duas primeiras gerações: um dos veículos contava com 20 anos de uso e o outro, conduzido pelos nossos leitores, já rodava há 11 anos.

A viagem dos portugueses foi mais rápida, apenas 35 contra 50 dias, mas passou pelo mesmo número de países, como a diferença que dos 13 registados não se contou nenhuma repetição. Como o objectivo foi chegar a Shanghai, desde logo no “Dia de Portugal”, enquanto que os homens da Land Rover se quedaram por Pequim, os nossos compatriotas percorreram uma distância superior, cumprindo 19.673 quilómetros, que implicaram passar 279 horas ao volante e um consumo de 2558 litros de gasóleo.

Antes de chegarem a Shanghai e de receberem cartões de livre-trânsito VIP para visitarem a exposição universal que estava a decorrer nesta cosmopolita cidade chinesa — o quarteto de Leiria teve honras de vedetas na programação especial comemorativa do Dia de Portugal neste certame — os expedicionários portugueses passaram por Pequim, onde foram formalmente recebidos na embaixada de Portugal e homenageados com um almoço bem português, matando saudades de sabores que, provavelmente já tinham esquecido. Até porque na passagem da fronteira entre o Casaquistão e a China, no remoto posto de Bakty, onde não havia registo de nenhum europeu há mais de dois anos, a rigorosa inspecção das autoridades chinesas resultou na apreensão de dois componentes fundamentais da cozinha portuguesa: alho e cebola. Salvaram-se, contudo, os queijos, chouriços, vinhos e até dois pequenos pinheiros que tinham sido levados para entregar num município geminado com Leiria. E foram entregues!

Revista Todo Terreno


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