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Carlos Sousa atrasa-se nas dunas

12 January , 2012

Na estreia do Dakar em território peruano, Carlos Sousa teve um dia verdadeiramente para esquecer, perdendo mais de uma hora na sequência de uma aterragem violenta na transposição de uma duna mais cortada, ainda na primeira parte da especial. Sem poder recorrer aos macacos hidráulicos e com a frente do seu SUV Haval bastante danificada, o português foi obrigado a esperar pelo seu colega de equipa para poder retomar a corrida e procurar minimizar prejuízos maiores em termos de geral. Para já, baixou a sétimo, mas a recuperáveis 11 minutos do seu adversário mais direto na classificação…

A estreia do Dakar em território peruano, na etapa que ligou as cidades de Arica (Chile) a Arequipa (Peru), num percurso total de 598 km que incluiu uma especial de 478 km dividida em duas partes, revelou-se um verdadeiro tormento para aquele que continua a ser o melhor português em prova na categoria automóvel.

Depois de ontem ver a sua extrema regularidade premiada com a subida ao sexto lugar da geral, a pouco mais de 25 minutos de uma presença no top-5, Carlos Sousa viu hoje as suas aspirações abaladas em consequência de uma aterragem mais violenta na transposição de uma duna, perdendo logo ali mais de uma hora até conseguir retomar a corrida com a preciosa ajuda do seu colega de equipa da Great Wall.

“Tínhamos percorrido já cerca de uma centena de quilómetros na primeira parte especial quando fomos surpreendidos por uma daquelas dunas cortadas tão típicas do deserto do Sahara. Como vínhamos depressa, já não conseguimos parar a tempo e aterrámos de forma algo violenta com a frente do carro. Encravados entre duas dunas e sem podermos recorrer aos macacos hidráulicos que terão ficados danificados com a força do embate, restou-nos esperar pelo carro do Zhou (Yong) que nos ajudou a retirar o carro daquele local… Perdemos muito tempo, mas pelo menos conseguimos continuar em prova e limitar prejuízos maiores em termos de classificação geral”, explicou um desolado Carlos Sousa à chegada ao acampamento de Arequipa, já no Peru.

“Enfim, o Dakar é mesmo isto e hoje calhou-nos a nós ter um dia mau… Valeu-nos, apesar de tudo, a neutralização a meio da especial para recuperar algum fôlego e confirmar se nenhum órgão vital do carro ficou afetado, nomeadamente o radiador. Como tudo estava bem, decidimos atacar forte na segunda metade da especial e tentar recuperar algum do atraso para o Alvarez, que nos passou à geral. Estávamos a ser muito rápidos, só que fomos novamente obrigados a parar mais cerca de 10 minutos para baixar a temperatura do carro e limpar o radiador do muito fesh-fesh que apanhámos nesta parte final do percurso”, acrescentou o piloto português do Team Great Wall, hoje apenas o 22º mais rápido na tirada, onde cedeu mais de 1h36m para o vencedor.

Contas feitas, e apesar de todas estas contrariedades, Carlos Sousa baixou apenas um lugar à geral, sendo ultrapassado pela Toyota de Lucio Alvarez, mas ficando a menos de 11 minutos do sexto posto agora ocupado pelo piloto argentino. “É algo que temos que recuperar até final”, prometeu Carlos Sousa.

Para amanhã – sexta-feira, 13 – a organização avisa que a etapa entre Arquica e Nazca poderá revelar-se uma das mais duras desta edição! Serão apenas 245 km de especial, mas cumpridos numa região particularmente árida – o vale de Nazca. O ponto alto da jornada será a passagem por um cordão de dunas que se estende por 20 km sem a mínima interrupção. Um verdadeiro teste à perícia dos pilotos e à resistência das já débeis mecânicas a apenas dois dias da chegada à capital Lima…


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