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Carlos Sousa acredita que “o pior ainda está para vir”

8 January , 2012

Cumprindo com a promessa de lutar por um lugar no top-10, Carlos Sousa concluiu a primeira semana do Dakar 2012 num excelente oitavo lugar da geral, garantindo provisoriamente o melhor resultado de sempre de um construtor chinês no maior e mais difícil rali do mundo, naquela que é a sua estreia ao serviço da Great Wall Motors e ao volante do SUV Haval.

Apesar de afastado da competição desde abril do ano passado, dos poucos testes que realizou com o novo carro e da juventude do próprio projeto, o piloto português tem superado largamente as melhores expectativas dos responsáveis da marca chinesa, que não se cansam de elogiar a sua performance, numa ligação que promete vir a estender-se muito para lá deste Dakar…

“Do ponto de vista da Great Wall, este resultado está já acima de todas as expectativas, pelo que o grande objetivo é segurar este lugar até final, até porque é realisticamente impossível aspirar a muito mais face à enorme fiabilidade que tem vindo a ser demonstrada pelos MINI e particularmente pelos Hummer. Nesse contexto, só posso sentir-me muito satisfeito, porque não é fácil chegar a um Dakar com apenas três dias de testes e integrado numa equipa que tem meios limitados, apesar de muita vontade em aparecer ainda com mais força no futuro”, revelou Carlos Sousa durante o almoço em Copiapó, após ter realizado durante a manhã uma visita ao maior concessionário da Great Wall na América do Sul.

“É muito interessante perceber o impacto que esta participação está a ter internacionalmente, não só aqui na América do Sul como na própria China e até na Europa. Aliás, quase posso garantir que nunca fui tão solicitado pela imprensa internacional como nesta prova. Há uma grande curiosidade em relação à marca e à nossa participação no Dakar. O resultado surpreende e todos querem saber mais sobre o carro e sobre o futuro desta jovem mas ambiciosa equipa”, revelou ainda o piloto, cujo contrato inicial com a Great Wall termina após este Dakar.

Contudo, e face às conversas já mantidas com o vice-presidente da marca, que tem acompanhado a prova desde o seu primeiro dia, “parecem existir boas perspetivas de prolongarmos esta ligação e começarmos a preparar um projeto ainda mais ambicioso para o próximo Dakar, talvez até com um novo carro e uma equipa de pilotos ainda mais alargada, admitiu Carlos Sousa, reiterando a ideia de que a aposta no Dakar é uma “oportunidade de ouro para uma marca que se pretende projetar e afirmar os seus produtos internacionalmente”.

De resto, e a pensar nisso mesmo, Carlos Sousa revelou que a equipa foi já convidada, pelo próprio Nasser Al-Attiyah, a participar na Baja do Catar no próximo mês de abril, num ano em que a prova integra pela primeira vez o calendário da Taça do Mundo de Todo-o-Terreno.

“Era importante que a equipa apostasse em mais provas e num programa de testes mais extenso, até porque existem problemas de base no carro que precisam ser corrigidos, a começar pela refrigeração do motor e a terminar na afinação do próprio chassis”, pormenorizou Carlos Sousa, que face a estes condicionalismos tem sido obrigado a gerir o seu andamento em algumas etapas, concluindo, apesar de tudo, a primeira semana deste Dakar num excelente oitavo lugar da geral automóvel, já com mais de meia hora de vantagem para o seu mais direto perseguidor.

Amanhã, segunda-feira, os concorrentes retomam a competição no Chile, tendo pela frente a maior especial deste rali, com 447 km de setor cronometrado e ainda mais 245 de percurso de ligação até Antofagasta, cumprido essencialmente em pistas muito pedregosas, emboras rodeadas por paisagens sumptuosas.


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