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Carlos Sousa de regresso ao Top 10

3 January , 2012

Numa etapa fisicamente muito exigente, que incluiu duas passagens a cerca de 3 mil metros de altitude, pistas com muita pedra e várias travessias de rios, Carlos Sousa passou por bastantes dificuldades, mas conseguiu recuperar dois lugares na geral e regressar ao top-10 da classificação, isto apesar da forte gripe que o condicionou ao longo de todo o dia.

“Foi um dia extremamente difícil. Passei mal a noite e acordei esta manhã muito engripado. Apesar de medicado, fui um pouco abaixo e nunca me senti a 100 por cento, logo hoje que tínhamos pela frente uma especial tão dura e exigente como esta”, afirmou o piloto do Team Great Wall Motors à chegada a San Juan, depois de uma tirada que totalizou 499 km para os automóveis, dos quais 208 corresponderam ao terceiro setor cronometrado deste Dakar 2012.

“Apesar de tudo, acabámos por não perder muito tempo e no global só posso estar satisfeito por ter superado mais este dia, em que voltámos furar e fomos tapados durante grande parte da etapa pelo piloto argentino do Toyota”, explicou Carlos Sousa, referindo-se ao comportamento pouco desportivo de Lucio Alvarez, que alcançou logo ao km 40 da especial.

“Estávamos a ser mais rápidos em pista, mas ele entendeu que não nos devia deixar passar… Quando ao fim de várias tentativas conseguimos finalmente ultrapassá-lo, demos um pequeno toque numa pedra e furámos. Mais para o final, voltámos a alcançá-lo, mas ele voltou a tapar-nos até final da etapa. À chegada, ainda tentou desculpar-se, dizendo que nunca me viu atrás dele… Enfim, foi pena esta situação, porque estávamos a ser rápidos na fase final e poderíamos ter retirado uns bons três minutos ao nosso tempo final”, lamentou Carlos Sousa que, tal como na véspera, concluiu a especial de hoje com o 11º tempo absoluto, gastando mais 8m21s que o vencedor, o MINI do espanhol Joan Roma.

“O ritmo lá na frente está a ser muito forte e a luta bastante renhida, com pouco mais de dois minutos a separarem os cinco primeiros! Pessoalmente, já contava perder algum tempo nestas etapas iniciais, por ter alguma falta de ritmo competitivo e precisar de alguma adaptação ao carro. O motor é bastante bom, mas há ainda pequenos acertos a fazer na suspensão, porque continuo a sentir o carro a sair muito de traseira… É trabalho que vamos ter que continuar a fazer ao longo dos próximos dias”, concluiu aquele que é novamente o melhor representante português da corrida automóvel, no 9º lugar da geral.

Amanhã, quarta-feira, os concorrentes têm pela frente aquela que será a maior especial desta edição disputada na Argentina, num percurso bastante exigente em termos de navegação que ligará San Juan a Chilecito.

Totalizando 750 km, a quarta etapa deste Dakar 2012 incluirá uma especial cronometrada de 326 km repleta de armadilhas, exigindo-se, por isso, concentração absoluta nas mudanças de direção, mas sobretudo nas passagens pelos rios secos e pelos desfiladeiros da província de La Roja.

De acordo com a Organização, esta etapa poderá mesmo a vir ser decisiva para as aspirações de alguns favoritos, sendo provável que muitas equipas acumulem já um atraso considerável à chegada a Chilecito.


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