Finalmente cumprimos a primeira etapa desta expedição e o se tivessemos que resumir numa palavra o balanço da jornada, a mais adequada seria… fantástico! Não fomos tão longe quanto desejávamos, mas enquanto que nos dias anteriores houve impedimentos, neste caso foi uma opção nossa limitar a acção a 331 quilómetros. Partimos rumo a sul, descendo o Peru pela célebre Carretera Panamericana, chegando ao final da manhã a Chincha Alta, cidade com uma importante comunidade afro-peruana. Uns quilómetros depois, atravessámos Pisco, que é famosa por dar nome à bebida nacional do Peru, uma aguardente com a qual se fazem uns cocktails que estão para o Peru como as caipirinhas estão para o Brasil. Seguiu-se Paracas, pequena povoação na entrada daquela que é a maior reserva natural em toda a costa peruana. “Perdemo-nos” nos caminhos da Reserva Natural de Paracas até à noite cair. E foi então, ao contemplar um por do sol digno de postal ilustrado, que decidimos que ainda havia mais caminhos por explorar, que mereciam que os vissemos de dia. Voltámos pois para Paracas e marcámos despertar para a madrugada. Vamos, portanto, começar o dia com a melhor luz, suave, por entre as dunas e falésias deste sector admirável da costa peruana, onde o deserto faz um constraste perfeito com o oceano Pacífico!
por: Albano Loureiro