Pelas 13h50, hora local e em Lisboa, Elisabete Jacinto, Marco Cochinho e José Marques vão ouvir de novo o controlador fazer a contagem decrescente para a partida de mais uma etapa do Africa Race 2015. Embora a caravana hoje tenha madrugado, pois arrancou bem cedo de Dakhla, a manhã passou-se toda a cumprir a extensa ligação entre esta cidade e o posto fronteiriço com a Mauritânia, Bir-Gandouz. Trata-se, curiosamente, da única ligação terrestre norte-sul actualmente aberta em África; a outra é entre o Egipto e o Sudão, mas implica cruzar as águas do Lago Nasser num ferry-boat. E hoje mesmo, a caravana do Africa Race entra na Mauritânia no preciso momento em que as notícias dão conta de novos movimentos “terroristas” nos confins do Sahara, entre a fronteira deste país e a do Mali. Felizmente, a prova vai adensar-se pelo Sahara, mas sem se aproximar do Mali. A tirada que dentro em breve se inicia será um percurso clássico, com 174 km cronometrados até Chami, pequena povoação que é um mero cruzamento entre pistas e a linha de caminho de ferro que liga as minas de Zouerat, no interior, a Nouadhibou, na costa mauritana. Este sector sector selectivo decorre, precisamente, ao longo da via férrea. A areia é o terreno dominante e a pergunta que se coloca é até onde conseguirão ir os nossos compatriotas, com o enorme MAN? O objectivo nesta segunda fase da prova é ganhar etapas!…
por: Alexandre CorreiaCoragem e ousadia são palavras que hoje se pronunciam com raridade, apesar de firmeza e convicção serem sinónimos utilizados cada vez mais para disfarçar...