Segunda prova do Citroën Top Driver, o Rali de Itália Sardenha foi uma prova particularmente dura para as dez formações presentes a bordo dos DS3 R3. Foi Christian Riedemann e a sua co-piloto Lara Vanneste quem levaram a melhor. Keith Cronin e Quentin Gilbert completaram o pódio.
Calor, pó, um ritmo acelerado e fadiga são parâmetros que as equipas tiveram que gerir no decurso dos 304 quilómetros das especiais cronometradas. Concentrada em dois dias de competição, a prova iniciou-se logo cedo na sexta-feira. Na categoria WRC3 estavam presentes dez equipas com o mesmo desejo: vencer.
Saindo em branco do Rali de Portugal, Christian Riedemann não partia como favorito. No entanto, a jovem esperança alemã assumiu a liderança logo cedo, desde os primeiros quilómetros. Prudente e concentrado, não arriscou e assistiu às quedas dos seus adversários nas armadilhas do percurso. Tal permitiu-lhe assumir a liderança da prova desde a ES2. Em luta com Stéphane Consani, que se juntou ao desafio da Citroën, Christian cedeu-lhe o primeiro lugar em Gallura 2, no único sector nocturno do rali. Incomodado com a poeira de um adversário, o alemão perdeu mais de um minuto.
O segundo dia ficou marcado pela luta entre as duas formações que disputavam a cabeça da corrida com enorme determinação. Vítima de um problema eléctrico antes do último troço, Consani perderia muito tempo, sendo ainda penalizado em 14 minutos, deixando fugir a vitória. Recuperaria até 6º, mas não sem um grande desapontamento.
Christian alcançou o Parque de Assistência com muitos pontos no bolso e ascendeu ao 5º lugar provisório no desafio da Citroën. « Quer eu, quer a Lara, estamos realmente muito felizes! Estes dois dias foram muito difíceis, mas deram frutos pelo modo como enfrentámos a prova. Sem arriscar muito conseguimos prevalecer, mesmo que também tenhamos beneficiado dos problemas do Stéphane com quem travámos uma batalha fantástica! Agora estamos numa boa posição e prontos para enfrentar as próximas provas. Estamos ansiosos pelo encontro finlandês e as suas secções rápidas, mas também pela primeira ronda de asfalto, onde estaremos oficialmente em casa. »
Alcançando o 2º lugar na classificação, o britânico Keith Cronin estava satisfeito com a sua prova. Depois de ter perdido quase cinco minutos no primeiro sector devido a um furo, o piloto estaria em destaque no primeiro dia, quando discutiu os melhores tempos com o francês Sébastien Chardonnet. Subindo gradualmente na geral, ele não cometeu nenhum erro e colheu os frutos da sua regularidade.
Quentin Gilbert e Chardonnet garantiram, respectivamente, o 3º e 4º lugares no ‘ranking’, apesar de um fim-de-semana difícil. Ambos viriam a perder tempo em Monte Lerno 1, o primeiro devido a um furo, o segundo devido ao pó levantado por um concorrente mais lento, num troço decisivo para o Citroën Top Driver. Depois ambos fizeram boas recuperações, mas Quentin viria a ter de parar antes da ES8 por falta de gasolina, enquanto Sébastian teve que se resignar em ficar a um passo do palanque de chegada no Sábado, após um toque que danificou a sua direcção. Apesar dessas vicissitudes, os dois pilotos franceses foram capazes de alcançar a frente da tabela de pontos do Citroën Top Driver, ambos com 30 pontos.
Já os suíços Frederico Della Casa et Francesco Parli foram, respectivamente, 5º e 7º classificados na prova, após uma jornada cuidada que lhes garantiu os primeiros pontos na fórmula de promoção da Citroën.
Vencedor em Portugal e, à partida, líder do Citroën Top Driver, Bryan Bouffier veio a sair de estrada logo na ES2. Melhor piloto do fim-de-semana, já que garantiu o melhor tempo por sete vezes, ele viu-se retardado no final da prova devido a um problema técnico.
Outra vítima do pó foi Alastair Fisher, piloto que fechou a contagem. Saindo de estrada no primeiro sector, ele não conseguiria recuperar na classificação geral, apesar de algumas tentativas. Já o piloto local Simone Campedelli foi infeliz, sendo forçado a abandonar por duas vezes, a última delas que o impediu de atingir a chegada.
« Mais uma vez, prova-se que é fundamental fazer uma gestão correcta de uma prova », afirmou Marek Nawarecki, responsável pela Competição Cliente da Citroën Racing. « Também podemos ver o quão alta está a fasquia, já que a maioria das equipas nunca tinha feito este rali do mundial. A actual classificação fala por si, uma vez que os cinco primeiros pilotos estão separados por cinco pontos! O desafio no campeonato das equipas também está muito apertado, mantendo-se o Top Team na liderança. Sem dúvida nenhuma que a temporada reserva-nos belas surpresas e um grande espectáculo. »
CLASSIFICAÇÃO GERAL WRC3
1 |
Riedemann / Vanneste | Citroën DS3 R3 |
3:52:39.9 |
2 |
Cronin / Clarke | Citroën DS3 R3 |
+5:05.4 |
3 |
Consani / Vilmot | Citroën DS3 R3 |
+7:13.6 |
4 |
Gilbert / Galmiche | Citroën DS3 R3 |
+9:13.3 |
5 |
Chardonnet / De La Haye | Citroën DS3 R3 |
+11:37.6 |
6 |
Della Casa / Menchini | Citroën DS3 R3 |
+15.34.1 |
7 |
Parli / Canton | Citroën DS3 R3 |
+26:12.3 |
8 |
Bouffier / Panseri | Citroën DS3 R3 |
+32:14.5 |
9 |
Fisher / Noble | Citroën DS3 R3 |
+41:15.0 |
CLASSIFICAÇÃO CITROËN TOP DRIVER
1ºs Chardonnet e Gilbert, 30; 3º Bouffier, 29 pts; 4º Cronin, 26; 5º Riedemann, 25; 6º Fisher, 14; 7º Della Casa, 10; 8º Consani, 8; 9ºs Campedelli e Parli, 6.
CLASSIFICAÇÃO EQUIPAS
1º Top Teams, 60 pts; 2º Charles Hurst Citroën Belfast, 51; 3º Delta Rally Team, 37; 4º Sainteloc Racing, 20.
por: Comunicado de Imprensa