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Qualificação é chave para a vitória

27 March , 2012

O Vodafone Rally de Portugal começa na quinta-feira mas os pilotos vão ter de acelerar já a partir de amanhã durante o “qualifying”, uma das novidades regulamentares da presente época e que, este ano, se assume como um dos momentos determinantes das provas de terra do Mundial de ralis, pois é a partir do mesmo que se define a ordem de partida para o primeiro dia de competição.

Denominado de “especial de qualificação” (em inglês, qualifying stage), este momento assume, desde que a época começou, uma importância maior do que antigamente, em que servia, em exclusivo, para os pilotos fazerem os últimos testes e afinações aos carros de competição.

Aquela fórmula apenas se aplica nos ralis de neve e terra: os pilotos com prioridade 1 FIA têm uma janela de duas horas, durante a prova de teste, para poderem treinar. Depois disso, e pela ordem de classificação no campeonato, fazem uma passagem contra o relógio para determinar a ordem de partida para o primeiro dia. O mais rápido é o primeiro a escolher, enquanto aqueles que não conseguirem completar a sua sessão ficam com os lugares que os adversários não quiserem. Nos dias seguintes de competição, os pilotos saem para a estrada pela ordem inversa à da classificação referente ao final do dia anterior.

Jari-Matti Latvala, piloto da Ford que este ano já venceu no Rali da Suécia, explica porque é que ser o primeiro na estrada nem sempre é o melhor, especialmente em ralis de terra. “Neste tipo de provas existe muita terra solta e por isso é importante partir o mais atrás possível para não termos de ‘limpar’ a estrada”, afirma o finlandês. “Por outro lado, se chover, é melhor sair na frente porque a seguir as especiais ficam cada vez mais lamacentas e escorregadias.”

Sébastien Loeb, concorda com o seu adversário, mas ressalva que estes princípios apenas se aplicam “em condições normais”, porque se houver muito pó e as condições meteorológicas não contribuírem para a sua dissipação, partir atrás pode não ser tão positivo como o esperado.

Por isso, e com a introdução de três troços noturnos, a maioria dos pilotos está à espera por previsões meteorológicas mais exatas para os dias de competição e, só depois, tomará uma decisão relativamente à escolha da posição de partida. Uma coisa é certa, todos os pilotos vão “andar a fundo” durante o qualifying, como sustenta Evgueny Novikov, porque ninguém quer ser o último a escolher o seu lugar.

 Troço de Tavira “vai fazer a diferença”

 As equipas cumpriram o segundo dia de reconhecimentos e puderam descobrir uma das novidades deste ano, a especial de Tavira. Armindo Araújo e Sébastien Ogier fizeram as duas passagens permitidas e não têm dúvidas que é uma classificativa que “vai fazer a diferença”, garante o piloto do WRC Team Mini Portugal.

Para o português, o troço “é muito trabalhoso e diferente dos restantes”, enquanto o francês da Volkswagen justifica que a sua especificidade tem a ver com “o facto de ser novo e traiçoeiro”.

Mads Ostberg acrescenta, ainda, que as equipas vão ter de se preocupar com a gestão dos pneus. “A especial é uma das mais lentas de todo o rali e como é dura e é sempre a subir e a descer torna-se exigente para os carros e provoca maior desgaste nos pneus”, afirma o norueguês.

Para além dos reconhecimentos, hoje já foi dia de verificações. O qualifying realiza-se, amanhã, em Vale de Judeu, como habitual, a partir das 10h40.

 

 


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