Só quem nunca traçou planos não sabe que o melhor disso tudo é podermos altera-los. Foi o que sentimos quando partimos de Lima, com a cidade adormecida por um dia dia feriado em que parecia que só nós íamos trabalhar. Íamos, porque não fomos! Depois de termos percorrido 5 quilómetros, de 1100 previstos, decidimos, literalmente, regressar à “casa partida”, como acontece nalguns jogos, quando lançamos os dados e caímos da “casa” errada. Enquanto atestávamos o depósito do Kia Sorento 4WD com 20 galões de gasolina super (é um carro novinho em folha e o computador de bordo acusava autonomia para 0 km, portanto, essa foi a primeira prioridade…), o Paulo Calisto verificou a documentação e constatou, alarmado que… não havia! A entrega tardia na véspera levou a que alguns detalhes não fossem, realmente, verificados. E como era feriado, não havia outra solução senão voltar para trás e aproveitar a folga. Começamos a ter a sensação de estarmos quase a fazer amigos íntimos em Lima, mas daqui a umas horas estará tudo resolvido. É só o tempo de conseguir visar na embaixada da Bolívia uma declaração indispensável para cruzarmos a fronteira e logo podemos regressar à estrada…
por: Albano Loureiro